A frase acima pode soar absurda. Mas é isso mesmo que pensa o economista Sabetai Calderoni, da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em lixo e conselheiro da ONU no assunto. Segundo ele, o conceito que a sociedade tem do lixo “é produto de uma visão equivocada dos materiais”. Sabetai, autor do livro Os Bilhões Perdidos no Lixo, afirma que, embora nem tudo o que se joga fora possa ser aproveitado como comida, todo o lixo pode ser aproveitado de alguma forma. Tudo se transforma Todo o lixo produzido pode virar alguma coisa útil. Sem exceção geralmente vem de restos de alimentos. Esse lixo poderia se transformar em algo útil se passasse por um processo chamado compostagem. Nele, o lixo é submetido à ação de bactérias em alta temperatura e se transforma em dois subprodutos. Um é um adubo natural, o outro é o gás metano, que é usado na geração de energia termoelétrica. A quantidade de gás metano produzido pela compostagem de todo o lixo orgânico brasileiro que não pode ser recuperado como comida seria suficiente para alimentar uma usina de 2 000 megawatts (a usina nuclear de Angra I tem capacidade de 657 megawatts). Uma usina termoelétrica como essa produziria, em um ano, 3,6 bilhões de reais em energia. E jogamos quase todo esse dinheiro no lixo. Só 0,9% do lixo brasileiro é destinado a usinas de compostagem. E estamos falando apenas do lixo orgânico. O inorgânico também poderia gerar lucros. A reciclagem de vidro, plásticos e metais é perfeitamente viável em termos econômicos – e já é praticada, em quantidades cada vez maiores. O país lucraria também ao poupar o dinheiro que é gasto para dar fim ao lixo. “Lixo é o único produto da economia com preço negativo”, diz Sabetai. Em outras palavras, o processamento de lixo é o único negócio no qual a aquisição da matéria-prima é remunerada – paga-se para livrar-se dela. E paga-se muito. As prefeituras brasileiras costumam gastar entre 5% e 12% de seus orçamentos com lixo. Sem falar que o melhor aproveitamento do lixo valorizaria dois bens que não têm preço: a saúde da população e a natureza. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 76% do lixo brasileiro acaba em lixões a céu aberto. Esses lixões são uma ameaça à saúde pública porque permitem a proliferação de vetores de doenças. Além disso, a decomposição do lixo nesses locais não só gera o metano que polui o ar como também o chorume, um líquido preto e fedido que envenena as águas superficiais e subterrâneas. O outro motivo para incentivar essa indústria são os empregos que ela poderia gerar. O Brasil produz 280 000 toneladas de lixo por dia (veja gráfico ao lado). Descontando as 39 000 toneladas de alimento viável que poderiam ser facilmente extraídas desse lixo e disponibilizadas às populações carentes, ainda seria possível gerar 120 000 empregos só no processamento do resto, nos cálculos de Sabetai. Pois é. Lixo não existe. O que existe é ignorância, falta de vontade e ineficiência. créditos:http://sites.google.com/site/sexogranaecomida/comida/comida-e-o-que-nao-falta/comida-e-o-que-nao-falta-continuacao/lixo-nao-existe
sábado, 28 de maio de 2011
O LIXO NÃO EXISTE
Um dos maiores potenciais desperdiçados é o não aproveitamento do lixo orgânico, que
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Sacolas plásticas: equivocadamente vilãs ambientais
Ser ecologicamente correto é a bandeira maior do século 21, mas ambientalistas estilo “Maria vai com as outras”, preferem copiar práticas aplicadas em outros países , ao invés de aprofundar em soluções mais corretas para proteger o meio ambiente, principalmente a reciclagem em benefícios.
As sacolas plásticas, infinitamente recicláveis, são as melhores condutoras de produtos da indústria para o comércio e deste para os domicílios residenciais e nestes a forma mais apropriada para armazenamento e condução do lixo até os pontos de coleta para destinação final.
As autoridades governamentais, ao invés de tomar a atitude de reciclar o lixo em benefícios como de solução ecologicamente correta, e com tecnologia já dominada, preferem o caminho mais fácil que é depositar as sacolas de lixo nos lixões e aterros sanitários.
Pergunto como estaríamos se não reciclássemos latinhas de alumínio, a solução seria proibí-las também?
A população precisa saber que as sacolas plásticas, além de práticas, são infinitamente recicláveis, podendo ser transformada em vários produtos, entre eles novas sacolas plásticas, de forma economicamente viável, gerando emprego e renda.
Um destes produtos é o livro produzido pela Vitopaper, com o título “Para onde nós vamos? www.familiamulleraventura.com.br, no qual foram utilizados 800kg de sacolas plásticas para cada tonelada de papel plástico, evitando o corte de 30 árvores por tonelada daquele produto. Isto sim, é sustentabilidade com proteção ambiental.
Para o país ter suas sacolas de lixo tão valorizadas quanto as latinhas de alumínio, basta o governo adotar as seguintes providências:
- reciclar o lixo em biousinas baseado no site: www.projetoreto.com.br sem qualquer tipo de poluição ambiental, auto-suficiente em energia pelo biogás,e economicamente viável pela geração de biofertilizante;
- incentivar o uso do biofertilizante na recuperação de solos degradados, aumentando sua densidade bovina para 2,5 boi por hectare, contra 0,5 atuais, estancando de vez o desmatamento, que para manter suas 200 milhões de cabeças bovinas, só vai precisar de 100 milhões de hectares, ao invés dos 420 milhões atuais;
- adotar o livro plástico na rede educativa do país, de melhor resolução fotográfica, não rasga facilmente, não mancha ao ser molhado e não mofa, além de ser infinitamente reciclável;
- utilizar dormentes plásticos nas vias férreas, substituindo a madeira, testados com amplas vantagens sobre os existentes no mercado;
-na produção de papel e papelão,a obrigatoriedade da adição de um percentual de papel reciclado, similar ao etanol na gasolina e biodiesel no diesel.
Essas providências manteriam todos os produtos reciclados em valores estáveis,e a conseqüente valorização da atividade de separar o lixo.
As sacolas plásticas assim como a as latinhas de alumínio não são vilãs.O que está faltanto é atitude para a reciclagem sustentável!
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