sábado, 28 de maio de 2011

O LIXO NÃO EXISTE

A frase acima pode soar absurda. Mas é isso mesmo que pensa o economista Sabetai Calderoni, da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em lixo e conselheiro da ONU no assunto. Segundo ele, o conceito que a sociedade tem do lixo “é produto de uma visão equivocada dos materiais”. Sabetai, autor do livro Os Bilhões Perdidos no Lixo, afirma que, embora nem tudo o que se joga fora possa ser aproveitado como comida, todo o lixo pode ser aproveitado de alguma forma.
Tudo se transforma
Todo o lixo produzido pode virar alguma coisa útil. Sem exceção
Um dos maiores potenciais desperdiçados é o não aproveitamento do lixo orgânico, que geralmente vem de restos de alimentos. Esse lixo poderia se transformar em algo útil se passasse por um processo chamado compostagem. Nele, o lixo é submetido à ação de bactérias em alta temperatura e se transforma em dois subprodutos. Um é um adubo natural, o outro é o gás metano, que é usado na geração de energia termoelétrica.
A quantidade de gás metano produzido pela compostagem de todo o lixo orgânico brasileiro que não pode ser recuperado como comida seria suficiente para alimentar uma usina de 2 000 megawatts (a usina nuclear de Angra I tem capacidade de 657 megawatts). Uma usina termoelétrica como essa produziria, em um ano, 3,6 bilhões de reais em energia. E jogamos quase todo esse dinheiro no lixo. Só 0,9% do lixo brasileiro é destinado a usinas de compostagem.
E estamos falando apenas do lixo orgânico. O inorgânico também poderia gerar lucros. A reciclagem de vidro, plásticos e metais é perfeitamente viável em termos econômicos – e já é praticada, em quantidades cada vez maiores.
O país lucraria também ao poupar o dinheiro que é gasto para dar fim ao lixo. “Lixo é o único produto da economia com preço negativo”, diz Sabetai. Em outras palavras, o processamento de lixo é o único negócio no qual a aquisição da matéria-prima é remunerada – paga-se para livrar-se dela. E paga-se muito. As prefeituras brasileiras costumam gastar entre 5% e 12% de seus orçamentos com lixo.
Sem falar que o melhor aproveitamento do lixo valorizaria dois bens que não têm preço: a saúde da população e a natureza. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 76% do lixo brasileiro acaba em lixões a céu aberto. Esses lixões são uma ameaça à saúde pública porque permitem a proliferação de vetores de doenças. Além disso, a decomposição do lixo nesses locais não só gera o metano que polui o ar como também o chorume, um líquido preto e fedido que envenena as águas superficiais e subterrâneas.
O outro motivo para incentivar essa indústria são os empregos que ela poderia gerar. O Brasil produz 280 000 toneladas de lixo por dia (veja gráfico ao lado). Descontando as 39 000 toneladas de alimento viável que poderiam ser facilmente extraídas desse lixo e disponibilizadas às populações carentes, ainda seria possível gerar 120 000 empregos só no processamento do resto, nos cálculos de Sabetai. Pois é. Lixo não existe. O que existe é ignorância, falta de vontade e ineficiência.
créditos:http://sites.google.com/site/sexogranaecomida/comida/comida-e-o-que-nao-falta/comida-e-o-que-nao-falta-continuacao/lixo-nao-existe

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sacolas plásticas: equivocadamente vilãs ambientais

Ser  ecologicamente correto é a bandeira maior do século 21, mas ambientalistas estilo “Maria vai com as outras”, preferem copiar práticas aplicadas em outros países , ao invés de aprofundar em soluções mais corretas para proteger o meio ambiente, principalmente a reciclagem em benefícios.
As sacolas plásticas, infinitamente recicláveis, são as melhores condutoras de produtos da indústria para o comércio e deste para os domicílios residenciais e nestes a forma mais apropriada para armazenamento e condução do lixo até os pontos de coleta para destinação final.

As autoridades governamentais, ao invés de tomar a atitude de  reciclar o lixo em benefícios como de solução ecologicamente correta, e com tecnologia já dominada, preferem o caminho mais fácil que é depositar as sacolas de lixo nos lixões e aterros sanitários.

Pergunto como estaríamos se não reciclássemos latinhas de alumínio,  a solução seria proibí-las também?
A população precisa saber que as sacolas plásticas, além de práticas, são infinitamente recicláveis, podendo ser transformada em vários produtos, entre eles novas sacolas plásticas, de forma economicamente viável, gerando emprego e renda.

Um destes produtos é o  livro produzido pela Vitopaper, com o título “Para onde nós vamos? www.familiamulleraventura.com.br, no qual foram utilizados 800kg de sacolas plásticas para cada tonelada de papel plástico, evitando o corte de 30 árvores por tonelada daquele produto. Isto sim, é sustentabilidade com proteção ambiental.

Para o país ter suas sacolas de lixo tão valorizadas quanto as latinhas de alumínio, basta o governo adotar as seguintes providências:

- reciclar o lixo em biousinas baseado no site: www.projetoreto.com.br sem qualquer tipo de poluição ambiental, auto-suficiente em energia pelo biogás,e economicamente viável pela geração de biofertilizante;

- incentivar o uso do biofertilizante na recuperação de solos degradados, aumentando sua densidade bovina para 2,5 boi por hectare, contra 0,5 atuais, estancando de vez o desmatamento, que para manter suas 200 milhões de cabeças bovinas, só vai precisar de 100 milhões de hectares, ao invés dos 420 milhões atuais;
- adotar o livro plástico na rede educativa do país, de melhor resolução fotográfica, não rasga facilmente, não mancha ao ser molhado e não mofa, além de ser infinitamente reciclável;
- utilizar dormentes plásticos nas vias férreas, substituindo a madeira, testados com amplas vantagens sobre os  existentes no mercado;
-na produção de papel e papelão,a obrigatoriedade da adição de um percentual  de papel  reciclado, similar ao etanol na gasolina e biodiesel no diesel.
Essas providências manteriam todos os produtos reciclados em valores estáveis,e a conseqüente valorização da atividade de separar o lixo.
As sacolas plásticas assim como a as latinhas de alumínio não são vilãs.O que está faltanto é atitude para a reciclagem sustentável!

Lixo: não ignore. Recicle!